quarta-feira, 24 de março de 2010

EXPERIÊNCIAS COM PLANEJAMENTO

Das ações que nos cabem como docentes, o planejamento de aula sempre foi algo que me fascinou. Na licenciatura pouco aprendi a respeito e, por conta disso, minhas primeiras experiências com elaboração de planos de aula se resumiam a transcrever aqueles planos que vinham como anexo nos livros didáticos. Era uma prática recorrente, praticamente uma cultura.

Pouca experiência e conhecimento e insegurança de sobra eram características de um educador-iniciante. Mas algumas experiências colaboraram para que avançasse nesse sentido.

Destaco, inicialmente, os encontros para apreciação e (re)construção de planos junto à supervisão escolar. No início, receber observações da supervisora era algo não muito agradável, mas o tempo e os resultados em sala de aula apontavam como estes encontros eram enriquecedores, especialmente pelo seu caráter formativo. Agradeço à professora Margarida pelos ricos encontros de supervisão. Eram muito interessantes pois a mesma levantava questões sobre cada item do plano de aula e apontava possibilidades, permitindo a reescrita deste.

Outra vivência relevante foi, como mencionei na última postagem, o planejamento de cursos na OfinArtes. Lá, a produção era sempre precedida de exposição da realidade do público com o qual queríamos trabalhar e por estudo em grupo. Depois disso realizávamos o planejamento colaborativamente.

Por último, o exercício da autonomia permitiu adquirir e resignificar novos conhecimentos, isto é, toda vez que me via diante da necessidade de desenvolver alguma ação, como o planejamento de uma aula, o dispositivo da curiosidade era acionado e me colocava, por conta própria, a pesquisar e estudar. E assim faço com relação a todo e qualquer tema que me desperta interesse.

Em linhas gerais, posso observar hoje o quanto a formação continuada foi e está sendo necessária para que cada vez mais melhore minha atuação como educador e que muito desta aprendizagem pode acontecer de diversas formas, tais como: participar de cursos e fóruns, pesquisar em livros, internet ou em outras fontes de informação e comunicação, acolher orientações de nossos coordenadores ou pelo menos refletir a respeito, conversar com amigos e trocar idéias e subsídios.

Essa reflexão é só para anunciar minha intenção de nas próximas postagens continuar falando de planejamento, tratando primeiramente de plano de aula.

Compartilhar me parece ser um dos segredos para crescer, apesar da forte influência do capitalismo que tem estimulado cada vez mais a competitividade. O compartilhar permite o crescimento de muitos (utopicamente de todos), já a competição não pondera meios para atingir objetivos e traz aos que se sobressaem a ilusória conquista, excluindo a maioria. Qual atitude devemos cultivar?

O dever é uma questão moral ou ética?

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