segunda-feira, 23 de agosto de 2010

(Auto)biografia e História da Educação

A (auto)biografia é uma excelente fonte para a reconstrução da história. Por isso, todas as vezes que trabalho com a disciplina História da Educação, estimulo os estudantes a recordarem e sitematizarem suas histórias da educação formal e informal. O resultado disto são textos autobiográficos por meio dos quais estudamos a história da educação contemporânea.
É interesssante quando sugerimos esta atividade aos estudantes. As reações são as mais variadas possíveis: uns se empolgam, outros dizem que não têm história para contar... Para facilitar a escrita autobiográfica, promovemos oficina de (auto)biografia organizada em vários momentos.
Neste semestre (2010.2) começamos a dialogar com um grupo de estudantes e desenvolver as primeiras atividades. Assim, algumas histórias já foram escritas individualmente e compartilhadas em sala de aula.
Nas fotos a seguir registramos um desses momentos. Nele os estudantes dramatizaram algumas destas histórias.


Para acompanhar as ações dests oficinas criamos um blog que está disponível em

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos da Educação Básica

Mais uma colaboração para o nosso blog! Agora é a professora Jozenaide Almerinda do Amaral Benderoth que dialoga conosco, realizando reflexão a respeito da inserção da história afro-brasileira e africana nos currículos da Educação Básica e implicações na escola.

A obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos da Educação Básica trata-se de decisão política, com fortes repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com esta medida, reconhece-se que, além de garantir vagas para negros nos bancos escolares, é preciso valorizar devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar danos, que se repetem há cinco séculos, à sua identidade e a seus direitos. A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e africana não se restringe à população negra, ao contrário, diz respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática.

A autonomia dos estabelecimentos de ensino para compor os projetos pedagógicos, no cumprimento do exigido pelo Art. 26ª da lei 9.394/1996, permite que se valham da colaboração das comunidades a que a escola serve, do apoio direto ou indireto de estudiosos e do Movimento Negro, com os quais estabelecerão canais de comunicação, encontrarão formas próprias de incluir vivências promovidas pela escola, inclusive em conteúdos de disciplinas, as temáticas em questão. Caberá, aos sistemas de ensino, às mantenedoras, à coordenação pedagógica dos estabelecimentos de ensino, e aos professores, com base neste parecer, estabelecer conteúdos de ensino, unidades de estudos, projetos e programas, abrangendo os diferentes componentes curriculares. Caberá, aos administradores dos sistemas de ensino e das mantenedoras prover as escolas, seus professores e alunos de material bibliográfico e de outros materiais didáticos, além de acompanhar os trabalhos desenvolvidos, a fim de evitar que questões tão complexas, muito pouco tratadas, tanto na formação inicial como continuada de professores, sejam abordadas de maneira resumida, incompleta, com erros.

Em outras palavras, aos estabelecimentos de ensino está sendo atribuída responsabilidade de acabar com o modo falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e de seus descendentes para a construção da nação brasileira; de fiscalizar para que, no seu interior, os alunos negros deixem de sofrer os primeiros e continuados atos de racismo de que são vítimas. Sem dúvida, assumir estas responsabilidades implica compromisso com o entorno sociocultural da escola, da comunidade onde esta se encontra e a que serve compromisso com a formação de cidadãos atuantes e democráticos, capazes de compreender as relações sociais e étnico-raciais de que participam e ajudam a manter e/ou a reelaborar, capazes de decodificar palavras, fatos e situações a partir de diferentes perspectivas, de desempenhar-se em áreas de competências que lhes permitam continuar e aprofundar estudos em diferentes níveis.

Nos anos 70, conforme explica Munanga (2005, p.138) há no Brasil, a retomada da luta anti-racista pelas entidades dos movimentos negros. E novas perspectivas emergem: a valorização e afirmação dos valores africanos. Eis outros fios daquele laço emocional que uniu os movimentos negros brasileiros e os nossos predecessores da África e diásporas, o que evidencia a maturidade e a conseqüente busca de valoração das raízes africanas.

Precisa o Brasil, país multi-étnico e pluricultural, de organizações escolares em que todos se vejam incluídos, em que lhes seja garantido o direito de aprender e de ampliar conhecimentos, sem ser obrigados a negar a si mesmos, ao grupo étnico/racial a que pertencem e a adotar costumes, idéias e comportamentos que lhes são adversos. E estes, certamente, serão indicadores da qualidade da educação que estará sendo oferecida pelos estabelecimentos de ensino de diferentes níveis.

A problemática da carência de abordagens históricas sobre as trajetórias educacionais dos negros no Brasil revela que não são os povos que não têm história, mas há os povos cujas fontes históricas, ao invés de serem conservadas, foram destruídas nos processos de dominação.

Atualmente, os pesquisadores afro-brasileiros que têm desenvolvido estudos sobre o tema negro e educação dão exemplo do caráter histórico, não só das abordagens históricas, como também do próprio campo científico na área de ciências humanas.

Assim sendo, a educação das relações étnico-raciais impõe aprendizagens entre brancos e negros, troca de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto conjunto para construção de uma sociedade justa, igual, equânime.

Para saber mais

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Educação Grega e a Paidéia

Na educação grega, de acordo com Aranha (1996), "(...) as explicações predominantemente religiosas são substituídas pelo uso da razão autônoma, da inteligência crítica e pela atuação da personalidade livre, capaz de estabelecer uma lei humana e não mais divina".

Surge a necessidade de elaborar teoricamente o ideal da formação, não do herói, submetido ao destino, mas do cidadão.

O cidadão = não será mais o depositário do saber da comunidade, mas aquele que elabora a cultura da cidade. Não está preso ao passado, mas é capaz de projetar o futuro.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Por uma cultura de paz

Professora Jussara Hubner estréia em nosso blog com um texto que versa sobre a cultura de paz, colocando Jesus como promotor da paz no mundo por excelência. A ela os sinceros agradecimentos do Ateliê de Educadores.

Para começar conceituaremos o termo Paz:

Paz é geralmente definida como um estado de calma ou tranqüilidade, uma ausência de perturbações ou agitação (1). Derivada do latim Pacem.

Alguns pensadores falaram e escrevem sobre a Paz e eis alguns pensamentos interessantes para refletirmos a respeito.

Não existe um Caminho para a PAZ. A PAZ é o Caminho. (Mahatma Gandhi).

A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos. (Albert Einstein).

Um pedaço de pão comido em paz é melhor do que um banquete comido com ansiedade. (Esopo).

Desenvolver força, coragem e paz interior demanda tempo. Não espere resultados rápidos e imediatos, sob o pretexto de que decidiu mudar. Cada ação que você executa permite que essa decisão se torne efetiva dentro de seu coração. (Dalai Lama).

A libertação do desejo conduz à paz interior. (Lao-Tsé).

Se você passar por uma guerra no trabalho, mas tiver paz quando chegar em casa, será um ser humano feliz. Mas, se você tiver alegria fora de casa e viver uma guerra na sua família, a infelicidade será sua amiga. (Augusto Cury).

A paz do coração é o paraíso dos homens. (Platão).

A paz não é um estado primitivo paradisíaco, nem uma forma de convivência regulada pelo acordo. A paz é algo que não conhecemos, que apenas buscamos e imaginamos. A paz é um ideal. (Hermann Hesse).

A paz da consciência é o maior de todos os dons. Uma pessoa com a consciência limpa não tem motivos para temer os espectros. (Lin Yutang).

O primeiro dos bens, depois da saúde, é a paz interior. (François La Rochefoucauld).

Em tempo de paz o homem belicoso ataca-se a si próprio. (Friedrich Nietzsche).


Não desmerecendo os grandes escritores em seus pensamentos sobre Paz, desejo apresentar o maior dos pensadores que não somente escreveu sobre a paz, mas viveu essa paz em sua totalidade. Ele começa assim:

Não se abalem! Continuem confiando em Deus e continuem confiando em mim... (Jo 14. 1).

Eu lhes deixo a paz. A minha própria Paz eu dou a vocês. Eu não dou a paz como o mundo a dá. Portanto, os seus corações não devem ficar nem perturbados nem com medo. ( Jo.14.27).

Queridos leitores, o que temos visto, ouvido e presenciado das mais diversas formas por meio da comunicação escrita, falada e televisada é assustador. A violência cresce a cada dia. Há um movimento mundial em prol da divulgação e da disseminação da Paz. Existem contratos, tratados assinados por líderes de todos os cantos do mundo no interesse de promover a Paz entre as pessoas. Elaboram-se projetos de resgate das maiorias desprivilegiadas com a intenção de oferecer as mesmas oportunidades para todos de trabalho, estudo, saúde e lazer. Entretanto, apesar de todo esse esforço vivenciamos também a frustração de não ter alcançado o objetivo desejado. Eu creio que somente com a paz verdadeira reinando os nossos corações, trabalhando em nós o caráter de justiça, igualdade, fraternidade, bondade e alteridade que só em Jesus nós encontramos, que teremos a esperança de um mundo melhor.

Jesus é a Paz e Ele nos dá a sua Paz.
Jesus Paz para as cidades. Eu creio nisso.

Sejamos promotores dessa Paz verdadeira.
Sejamos proclamadores das boas novas do evangelho de Cristo.
Sejamos, pois, verdadeiramente crentes em Jesus.

Jussara Marques Hübner, Especialista em Psicologia da Educação- PUC de Belo Horizonte.Psicóloga Clínica. Professora Universitária. Pertence a Convenção Batista Baiana na coordenadoria de Formação Cristã. Contatos: jmarqueshubner@gmail.com

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