A programação
Relacionamos no conteúdo programático aqueles conceitos, procedimentos e atitudes que devem ser promovidos em torno de um tema. No plano de aula este item pode vir logo após os objetivos.
A metodologia
Visando atingir os objetivos propostos, o educador precisa delinear a metodologia, isto é, definir procedimentos que serão adotados em sala de aula, considerando, em especial, o foco temático, a realidade dos estudantes (o que é pertinente para eles, nível e ritmos de aprendizagem, por exemplo) e os recursos e tempo disponíveis.
É importante que na metodologia o educador não relacione apenas as técnicas de ensino que serão utilizadas, mas realize uma descrição de todas as atividades que pretende desenvolver em sala de aula. Nesse detalhamento o educador poderá organizar os encontros em momentos, tais como: sensibilização, vivência, reflexão, sistematização e avaliação.
O papel da sensibilização é mobilizar o interesse dos estudantes pelo tema proposto, afinal, nada melhor que uma dose de motivação para aprender. Este momento pode ser desenvolvido utilizando-se de apresentação de situações-problema, dinâmicas de grupo, visita técnica, análise de filmes, poesias ou músicas, recordação de aulas anteriores, levantamento de idéias ou dúvidas sobre o tema, dentre outros. Como vemos, é uma introdução ao estudo.
A vivência é a aplicação de atividades que visam criar situações práticas para a aprendizagem de um tema. Parte do princípio que se aprende significativamente vivenciando.
Na reflexão retomamos os conhecimentos prévios trabalhados durante a sensibilização, as descobertas e sentimentos que fluíram durante a vivência e os relacionamos com o conhecimento escolar já sistematizado. Este é o momento da fundamentação teórica, do confronto entre prática/vivências e teoria.
A sistematização é o momento no qual os estudantes são convidados a (re)construir o conhecimento em torno do tema. Aqui se fazem os registros, optando pelo suporte (registro em papel, em blogs, em vídeo, por exemplo) e gênero textual (dissertação, descrição, narração, poesia, cordel, parlenda, dentre outros), e decidindo possibilidade de apresentação para a classe ou para a escola como um todo (mural, seminário, exposição de arte).
Na avaliação os estudantes podem refletir os caminhos que trilharam, os avanços em termos de conhecimento e conhecimentos que ainda precisam adquirir em torno do tema estudado. Este é também um momento no qual o educador pode avaliar o seu o próprio trabalho, se o que planejou realmente atendeu às necessidades dos estudantes, se os procedimentos foram adequados, se as consignas das atividades estavam claras e o que poderá ser planejado de um encontro para outro.
Como o estudo de um tema pode acontecer durante vários encontros, as datas podem ser informados ao lado de cada elemento da metodologia. Lembramos, no entanto, que os momentos que expomos aqui é uma possibilidade de organização da aula, que existem outras maneiras tão interessantes quanto.
Os recursos
Uma vez delineada a metodologia, elencamos os recursos que serão utilizados durante os encontros a serem realizados em torno de uma unidade de conteúdo. Podem constar aqui tanto os recursos humanos, didáticos e materiais.
A avaliação
Por meio da avaliação o educador deve verificar se os objetivos foram alcançados. Ao refletir sobre a avaliação, de acordo com Mello (s/d), precisa considerar a necessidade de:
“Avaliar continuamente o desenvolvimento do aluno; selecionar situações de avaliação diversificadas, coerentes com os objetivos propostos; selecionar e/ou montar instrumentos de avaliação; registrar os dados da avaliação; aplicar critérios aos dados da avaliação; interpretar resultados da avaliação; comparar os resultados com os critérios estabelecidos (feedback); utilizar dados da avaliação no planejamento”. (MELLO, s/d, p. 6).
Para avaliar as aulas, Libâneo (1994) recomenda que os educadores levem em consideração as seguintes questões:
“(...) Os objetivos e conteúdos foram adequados à turma? O tempo de duração da aula foi adequado? Os métodos e técnicas de ensino foram variados e oportunos para suscitar a atividade mental e prática dos alunos? Foram feitas verificações de aprendizagem no decorrer das aulas (formais e informais)? O relacionamento professor-aluno foi satisfatório? Houve organização segura das atividades, de modo a ter garantido um clima de trabalho favorável? Os alunos realmente consolidaram a aprendizagem da matéria, num grau suficiente para introduzir matéria nova? Foram propiciadas tarefas de estudo ativo e independente dos alunos?” (LIBÂNEO, 1994, p. 243).
As referências
Nesse item comunicamos as referências das fontes utilizadas para a realização das aulas. Nele cabem informações sobre livros, revistas, jornais, imagens, obras de arte, CDs, DVDs e outros tipos de materiais . Nesse sentido, para Takahashi e Fernandes (2004):
A indicação bibliográfica refere-se ao material utilizado para sustentar o conteúdo desenvolvido em aula e ajudar a atingir os objetivos propostos. Tem o intuito de fornecer um conjunto de informações atualizadas, pertinentes e coerentes com a realidade, que visa complementar o aprendizado (TAKAHASHI e FERNANDES, 2004, p. 114).
Agora que finalizamos nossa exposição sobre como elaborar um plano de aula, vejamos, em linhas gerais, como ficaria a sua estrutura:
PLANO DE ENSINO
1. Identificação
1.1. Escola
1.2. Disciplina
1.3. Série
1.4. Tema
1.5. Unidade
1.6. Período de realização
1.7. Educador
2. Objetivos
2.1. Geral
2.2. Específicos
3. Conteúdo programático
3.1. Conceitos
3.2. Procedimentos
3.3. Atitudes
4. Metodologia
4.1. Sensibilização
4.2. Vivência
4.3. Reflexão
4.4. Sistematização
4.5. Avaliação
5. Recursos
6. Avaliação
7. Referências
Esperamos que estas postagens sobre planejamento e plano de aula possam colaborar com os trabalhos de nossos companheiros educadores. Tendo este blog um caráter público, aguardamos a colaboração dos leitores, deixando suas sugestões e críticas nos comentários ou enviando e-mail para cidadaniaplanetaria@yahoo.com.br. Acreditamos que por meio da interação, constituindo comunidades/redes de conhecimentos, podemos avançar. Abraços!
Referências
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
TAKAHASSI, Regina Toshie; FERNANDES, Maria de Fátima Prado. Plano de Aula: conceitos e metodologia. Acta. v. 17 n. 1 jan/mar. 2004.
MELLO, Rosangela Menta. Curso de Formação de docentes: Organização do trabalho pedagógico – Planejamento escolar. Disponível em: . Acesso no dia 30 Mar. 2010.
Precisando de assessoria pedagógica no assunto? Entre em contato conosco: cidadaniaplanetaria@yahoo.com.br
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10 comentários:
É de fundamental importância o plano de aula na vida do ducando, pois assim podemos relacionar os conteúdos programáticos referentes aos conceitos utilizados em sala.
Para que se alcançe os objetivo proposto o educador precisa definir metas que serão aucançados na sala de aula, levando sempre em consideração o foco cental. Nesse sentido concordo com o ato de planejar de trocar experiências vivenciadas para melhorar a aprendizagem do aluno.
Graduanda em Peadagogia da turma 8 Débora Cardoso
orientada por Professor Francisco Neto Sales
O que foi dito nesta postagem, foi muito enriquecedor, pos fala sobre o planejamento e o plano de aula, mostrando cada passo detalhadamente como se deve elaborar um plano de aula.
Percebo que vai colaborar muito na minha caminhada academica,e principalmente nos meus planejamentos em sala de aula.
sua aluna Tânia da turma 08 - Facesa
O tema em questão n 1° ora relatado no blog Atelier de Educadores é de fundamental importancia, uma vez que nos leva a refletir sobre a necessidade do mesmo, com relação ao fazer pedagógico do plano de aula, suas contribuições e reflexões.Os passos por sua vez, nos dá subsídios de como o plano de aula deverá acontecer. Este tema irá contribuir para minha formação academica tendo em vista que o tema é de essencial relevancia para a docência. Ana Paula Cosato - turma 8
O plano de aula é fundamental para que o professor tenha noção do que irá fazer em sala de aula,quando o mesmo não planeja ele fica muitas vezes perdido e desorganizado,ou seja,tudo na vida é preciso planejar.
O plano de aula é fundamental para que o professor tenha noção do que vai realizar em sala de aula,quando o mesmo não planeja fica desorganizado,ou seja,tudo na vida é preciso planejar.
O educador tem como rotina de elaborar seu plano diário, colocando seus objetivos, para que seu trabalho seja bastante prazeroso, sendo que os objetivos gerais são adquiridos passo a passo e os espercíficos são de curto prazo.orientado pelo professor Salles/Rose Sampaio.
O plano de aula é fundamental para que o professor tenha noção do que irá fazer em sala de aula,quando o mesmo não planeja ele fica muitas vezes perdido e desorganizado,ou seja,tudo na vida é preciso planejar.
Rosineide Ferreira,turma 8.
Parte II.
O educador tem como objetivo definir seus procedimentos que serão adotados em sla de aula, utilizando os recursos necessários a ser trabalhado na realização de suas atividades. Para que os alunos alcance os conhecimentos adquiridos.Rose Sampaio
Ao respeitar todos os passos a serem tomados para uma boa elaboração do plano de aula, estará ligada diretamente a metodologia, seja através de recursos humanos, didáticos ou materiais. Permitindo assim a reflexão do grupo, atraídos diretamente pela vivencia e motivação, para construção e reconstrução do conhecimento.
Rosanna Cajango aluna 6º semestre de Pedagogia (FACESA
O educador tem como rotina de elaborar seu plano diário, colocando seus objetivos, para que seu trabalho seja bastante prazeroso, sendo que os objetivos gerais são adquiridos passo a passo e os espercíficos são de curto prazo.
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