Sempre me inquietou ver o pouco de interesse de algumas pessoas pelo envolvimento em ações empreendedoras. Já acompanhei e vivenciei algumas experiências onde algumas pessoas se reuniram para compartilhar ideias e elaborar/desenvolver projetos. Por isso, acredito que é possível empreender numa perspectiva ética e solidária.
Para Monteclaro Junior (2007), a pouca
importância que damos ao empreendedorismo solidário deve-se a uma acomodação
nossa à força do hábito e ao
enorme peso das convenções sociais. Eles, de fato, tornam a maioria das pessoas
avessas ao comportamento empreendedor. Reforçando tal pensamento, o referido
autor afirma que: “A razão primordial desse fato é que somos todos “educados
para a obediência” e para a convenção, e não para a democracia ou para a
inovação”.
A partir da reflexão de
Monteclaro Junior podemos compreender porque tendemos a escolher o emprego
formal. Para ele, “Há pouca empolgação pelo cooperativismo. Ao invés disso,
acomodação ao pleno emprego (posição subordinada e alienada ao trabalho fixo e
assalariado)”. (MONTECLARO JUNIOR, 2007)
Pesquisando
sobre o empreendedorismo solidário descobri sua profunda relação com a economia
solidária, uma alternativa à competitividade de viés capitalista. Nesse
sentido, afirma Monteclaro que:
“A existência de uma verdadeira democracia,
amplas liberdades, e uma real mentalidade inovadora, combinada a um ambiente de
solidariedade, induziriam ao surgimento de um número muito maior de
empreendedores interessados em projetos de economia solidária”. (MONTECLARO
JUNIOR, 2007)
“O sentido alternativo da Economia
Solidária depende de sua capacidade de responder simultaneamente a
requerimentos econômicos e de promover experiências significativas de trabalho,
regidas pela equidade e por laços sociais de cooperação e participação”.
(CORRÊA E GAIGER, 2011, p.39)
Então, como podemos definir
economia solidária?
Para Monteclaro Junior (2007),
economia solidária corresponde à: “(...) práxis de um cooperativismo
autônomo, autogestionário e solidário, que inova no espaço da
empresa-comunidade humana e também na relação de troca entre os diversos
agentes”.
Por meio da economia solidária, de acordo com
Corrêa e Gaiger (2011), podemos “criar atividades econômicas
sustentáveis, geridas na base da cooperação entre os seus trabalhadores/as,
numa perspectiva de desenvolvimento local e de construção de
outras relações sociais,
emancipadoras e equitativas”.
Sistematizando
essas ideias manifesto o meu desejo de colaborar com a formação de redes de
colaboração solidárias, reunindo pessoas, estimulando o
desenvolvimento dos dons e do trabalho colaborativo.
Pois é... estou afim de empreender solidariamente! Quem vem comigo?
Clique aqui e participe do grupo “Empreendedores solidários”, no Facebook.
Nele podemos amadurecer ideias e projetos.
1 comentários:
gosto muito da proposta, vi no linkedin. alguma coisa concreta em vista, algo no horizonte? me interessa participar da discussao, colaborar na medida do possível. abs, gilca
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