Amigos e amigas leitores(a) do Ateliê de Educadores. Hoje tive uma grande satisfação de encontrar um texto adaptei para apresentação de teatro de fantoches. O conto narrado por Pe. Pascual Chávez no livro "Dar especial
atenção à família – berço da vida e do amor e lugar de humanização" foi transformado, então, em breve roteiro. Para aqueles que buscam recursos para educação de valores, está aí uma boa sugestão!
Personagens:
Avô (Zé), Avó (Jenô – Jenoveva), Mãe (Maria), Pai, Filho (Zuca), Anjo.
(Música
regional)
Avô: Ô mia véiaaaa...! Num
aguenrrtu mais esse reumathismum!
Avó: É Zé, seu probrema é de junta.
Avô: Que junta?!
Avó: Junta tudo e joga fora!
Avô: Você diz isso agora, mas noutras época...
Avó: Afe... faz tanto tempo!
Avô: deixe de tro-lo-ló Jenô.
Avó: Tro-lo-ló?! Tro-lo-ló é o
cumpade Tião que num veio tirá do prego nossa tv.
Avô: E ele num veio naum, muié?!
Avô: Logo hoje que ia assistir
teletobes, jaspium, roque santeiro, e uma banda nova. Como é que é o nome? Ah
sim!!! Os menudo.
Avó: deixa de dá pasamento homi. Eita Zé vexamoso! Vou contar um causo só pra acalmar vosmissê.
Avó: Lá pras banda do Vale de Orobó
morava uma família numa casebrisim de pau a pique. Apersá da caresthia eles
erum feliz. Como se havia de esperá o pai trabaiava no roçado. A mãe cultivava
a horta atrás da casa e governava com autoridade algumas galinhas tagarelas e
um galo prepotente.
Zuca,
o menino, ia à escola de manhã cêrdo. Por mode o esforço do bruguelo...
Avô: o Zuca?!
Avó: Sim!!!... logo, logo o garoto teve bons resultado. Se antes num sabia fazê um Ó com uma quenga, agora sabia o bê-a-bá
(Música: bê com A, Ave-Maria...)
Avô: e o canto onde eles moravam
era baum!
Avó: Só vendo Zé! A casa ficava
isolada do povoado, perto de um rio alegre e tortuoso.
Avô: e a diversaum deles, qual era?
Zuca: Pois é!... Despôs dos bendito
lá do padre, a gente pode tomá um caldo de cana da budega do seu Venanço.
Pai: Combinado! Mas vê se você,
mininu, naum vai aprontar hoje de novo!
Pai: Éeeee.... essa friagem ta com
cara de chuva!
Mãe: Cês num tão ouvindo o trovão
lá longe?! A noite promete.
Avó: Pois num é que prometeu?! Fui
um toró que só vendo!
Avô: Muita água, né?!
Avó: Choveu tanto que o rio
tornou-se uma torrente de água escura.
Pai: Acorda Maria. A casa ta uma
pingadeira só. Ta entrando até água.
Mãe: Me poupe homi, ta tarde e você
brincando!
Pai: É sério, Maria!
Mãe: E num é que é verdade?!... O
rio ta cheio.
Pai: E a casa ta inundando.
Avó: Antes de toda essa confusão
eles tinham as orações como de costume. Acreditavam que toda noite um anjo
passava na casa deles para recolher suas orações.
Avô: Conversa de trancoso muié!
Avó: Ora Zé, e num é que o Anjo
vinha mermo.
Pai: Vamu, a água ta subindo
muito... Vamos pro telhado da casa! Pega o Zuca nos braços, Maria, e sobe nos
meus ombros.
Mãe: Ligeiro Zuca, sobe agora você
nos meus ombros.
Avô:
e o que aconteceu depois?!
Avó: Não deu tempo de ler toda a
história. To com um pranfeto que me deram lá na feira. Foi lá que me interei da
história.
Lê
aí, meu vei!
Avô: A água continuava a subir.
Ficou debaixo d’água o pai, e seus braços estendidos seguravam a mãe, depois
engoliu a mãe e seus braços estendidos seguravam o menino. Mas o pai não largou
a presa nem a mãe.
Avó: Que agonia Zé!
Avô: Pêra...
A
água continuou a subri. Chegou á boca do menino, aos olhos, á fronte. E
então...
Avó: E então o que?... Deixa eu
vê!!!
Avó: O anjo do Senhor, que
costumava recolher as orações da noite, viu apenas um cabelinho loiro fora da
água barrenta.
Avô: Já sei! O anjo pegou o cabelo
do menino!
Avó: Preso aos cabelos loiros subiu
o menino, e presa ao menino veio a mãe e preso á mãe veio o pai.
Tem
mais!... O anjo voou e levou Zuca e seus pais a uma colina bem alta.
Avô: Final bonito. Tipo: E foram
felizes para sempre!
Avó: Pai mãe e menino rolavam sobre
a grama. Depois se abraçaram chorando e sorrindo.
Em
vez das orações, naquela noite o anjo levou ao céu o amor. As legiões celestes
vibraram numa animada salva de palmas.
Avô: Que história, ein?!
Avó: Foi melhor que essas coisas aí
que você ia assistir.
Avô: Sabe de uma coisa. O melhor
que a gente faz agora é dormir.
Avó: Mas sem deixarmos de rezar.
(Risos) Mas num se preorcupe naum, o céu hoje ta limpinho, limpinho!!!
1 comentários:
A EDUCAÇÃO ORIENTAL COMEÇA NA MESOPÔTANIA.ELA E MUITO RICA DE CONHECIMENTO.ELA EXISTIA MESMO ANTES DA CIVILIZAÇÃO,E SÓ ALGUNS TINHA DIREITO DE FREQUENTA A ESCOLA,COM O SURGIMENTO DA CIVILIZAÇAO E O APERFEICOAMENTO DA HUMANIDADE FORAM COMPREENDENDO E MUNDANDO OS CONCEITOS E A EDUCAÇAO FOI CHEGANDO A TODAS AS CLASSES SOCIAIS. ANA MARIA E SELMA
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