segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Uma lenda de sabor sapiencial

Amigos e amigas leitores(a) do Ateliê de Educadores. Hoje tive uma grande satisfação de encontrar um texto adaptei para apresentação de teatro de fantoches. O conto narrado por Pe. Pascual Chávez no livro "Dar especial atenção à família – berço da vida e do amor e lugar de humanização" foi transformado, então, em breve roteiro. Para aqueles que buscam recursos para educação de valores, está aí uma boa sugestão!


Personagens: Avô (Zé), Avó (Jenô – Jenoveva), Mãe (Maria), Pai, Filho (Zuca), Anjo.

(Música regional)

Avô: Ô mia véiaaaa...! Num aguenrrtu mais esse reumathismum!

Avó: É Zé, seu probrema é de junta.

Avô: Que junta?!

Avó: Junta tudo e joga fora!

Avô: Você diz isso agora, mas noutras época...

Avó: Afe... faz tanto tempo!

Avô: deixe de tro-lo-ló Jenô.

Avó: Tro-lo-ló?! Tro-lo-ló é o cumpade Tião que num veio tirá do prego nossa tv.

Avô: E ele num veio naum, muié?!


 Avó: Que nada! Mas tá bom! Só assim agente pode pronzear um poco.

Avô: Logo hoje que ia assistir teletobes, jaspium, roque santeiro, e uma banda nova. Como é que é o nome? Ah sim!!! Os menudo.

Avó: deixa de dá pasamento homi. Eita Zé vexamoso! Vou contar um causo só pra acalmar vosmissê.

Avó: Lá pras banda do Vale de Orobó morava uma família numa casebrisim de pau a pique. Apersá da caresthia eles erum feliz. Como se havia de esperá o pai trabaiava no roçado. A mãe cultivava a horta atrás da casa e governava com autoridade algumas galinhas tagarelas e um galo prepotente.

Zuca, o menino, ia à escola de manhã cêrdo. Por mode o esforço do bruguelo...

Avô: o Zuca?!

Avó: Sim!!!... logo, logo o garoto teve bons resultado. Se antes num sabia fazê um Ó com uma quenga, agora sabia o bê-a-bá

(Música: bê com A, Ave-Maria...)

Avô: e o canto onde eles moravam era baum!

Avó: Só vendo Zé! A casa ficava isolada do povoado, perto de um rio alegre e tortuoso.

Avô: e a diversaum deles, qual era?

 Avó: Hum...

 Mãe: Meu marido, hoje é Domingo. Dia pra gente ta na missa.

Zuca: Pois é!... Despôs dos bendito lá do padre, a gente pode tomá um caldo de cana da budega do seu Venanço.

Pai: Combinado! Mas vê se você, mininu, naum vai aprontar hoje de novo!

 Mãe: É mermo! Zuca é taum danado que é capaz de butá dobradiça em burbuleta.

 Zuca: Que é isso minha mãe... Menos pai! Só porque de vez em quando fico reparando as estrela do céu, os vaga-lume ou conto os quadradinhu da toalha?! Se bem que , estrela nem pensar porque o tempo ta fechado!

 Mãe: sabe duma coisa. (pausa) Melhor mermo é tirar uma pestana. Vamu dormi ninhada.

Pai: Éeeee.... essa friagem ta com cara de chuva!

Mãe: Cês num tão ouvindo o trovão lá longe?! A noite promete.

Avó: Pois num é que prometeu?! Fui um toró que só vendo!

Avô: Muita água, né?!

Avó: Choveu tanto que o rio tornou-se uma torrente de água escura.

Pai: Acorda Maria. A casa ta uma pingadeira só. Ta entrando até água.

Mãe: Me poupe homi, ta tarde e você brincando!

Pai: É sério, Maria!

Mãe: E num é que é verdade?!... O rio ta cheio.

Pai: E a casa ta inundando.

Avó: Antes de toda essa confusão eles tinham as orações como de costume. Acreditavam que toda noite um anjo passava na casa deles para recolher suas orações.

Avô: Conversa de trancoso muié!

Avó: Ora Zé, e num é que o Anjo vinha mermo.

Pai: Vamu, a água ta subindo muito... Vamos pro telhado da casa! Pega o Zuca nos braços, Maria, e sobe nos meus ombros.

Mãe: Ligeiro Zuca, sobe agora você nos meus ombros.

Avô: e o que aconteceu depois?!

Avó: Não deu tempo de ler toda a história. To com um pranfeto que me deram lá na feira. Foi lá que me interei da história.

Lê aí, meu vei!

Avô: A água continuava a subir. Ficou debaixo d’água o pai, e seus braços estendidos seguravam a mãe, depois engoliu a mãe e seus braços estendidos seguravam o menino. Mas o pai não largou a presa nem a mãe.

Avó: Que agonia Zé!

Avô: Pêra...

A água continuou a subri. Chegou á boca do menino, aos olhos, á fronte. E então...

Avó: E então o que?... Deixa eu vê!!!

Avó: O anjo do Senhor, que costumava recolher as orações da noite, viu apenas um cabelinho loiro fora da água barrenta.

Avô: Já sei! O anjo pegou o cabelo do menino!

Avó: Preso aos cabelos loiros subiu o menino, e presa ao menino veio a mãe e preso á mãe veio o pai.

Tem mais!... O anjo voou e levou Zuca e seus pais a uma colina bem alta.

Avô: Final bonito. Tipo: E foram felizes para sempre!

Avó: Pai mãe e menino rolavam sobre a grama. Depois se abraçaram chorando e sorrindo.

Em vez das orações, naquela noite o anjo levou ao céu o amor. As legiões celestes vibraram numa animada salva de palmas.

Avô: Que história, ein?!

Avó: Foi melhor que essas coisas aí que você ia assistir.

Avô: Sabe de uma coisa. O melhor que a gente faz agora é dormir.

Avó: Mas sem deixarmos de rezar. (Risos) Mas num se preorcupe naum, o céu hoje ta limpinho, limpinho!!!

1 comentários:

Anônimo disse...

A EDUCAÇÃO ORIENTAL COMEÇA NA MESOPÔTANIA.ELA E MUITO RICA DE CONHECIMENTO.ELA EXISTIA MESMO ANTES DA CIVILIZAÇÃO,E SÓ ALGUNS TINHA DIREITO DE FREQUENTA A ESCOLA,COM O SURGIMENTO DA CIVILIZAÇAO E O APERFEICOAMENTO DA HUMANIDADE FORAM COMPREENDENDO E MUNDANDO OS CONCEITOS E A EDUCAÇAO FOI CHEGANDO A TODAS AS CLASSES SOCIAIS. ANA MARIA E SELMA

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