Reunir fontes com informações sobre um assunto que
desejamos desenvolver não é tarefa difícil quando se tem em mente o desejo de
produzir textos próprios.
A respeito de um assunto temos sempre algum
conhecimento (conhecimento prévio) e é bom partir dele. Buscando o pensamento
de outras pessoas a respeito do assunto de nosso interesse, criamos a
oportunidade de adquirir novos conhecimentos.
A autoria de textos é fruto de um diálogo com a
realidade, com os saberes que construímos e com os saberes sistematizados por
outros autores. É um exercício de interação e reflexão.
Para adquirir a competência da escrita, a leitura é
fundamental e hoje, com os recursos da internet, melhorou o acesso à informação
e ao conhecimento por que por meio deles podemos acessar uma infinidade de
fontes, tais como: textos escritos, imagens, músicas e vídeos. Diante disso, o
desafio hoje é escolher fontes e informações confiáveis e relevantes para o
avanço da produção de conhecimentos úteis à vida.
Há algumas décadas atrás utilizávamos especialmente
enciclopédias com fontes de pesquisa. Hoje, provavelmente o meio mais
consultado para o desenvolvimento de pesquisa é a internet. Entendo que devamos
utilizar tanto os materiais impressos quanto os que se encontram na rede. No
caso da necessidade de produzir textos consistentes é bom que busquemos textos
que resultaram de reflexões filosóficas ou científicas.
Uma vez encontradas, escolhidas e reunidas as fontes,
devemos dar início à leitura das mesmas. Realizar uma revisão de literatura (1)
utilizando a técnica do fichamento (2) é um investimento cujos resultados poderão
ser observados a médio ou longo prazo. Compreendendo a importância disso,
costumo fichar todos os textos que leio, seja realizando anotações (a lápis)
nos livros ou textos, seja armazenando comentários, críticas ou citações nos
editores de texto, especialmente no Word. Mas além disso, um recurso que
considero interessante utilizar é o quadro comparativo.
O quadro comparativo pode ser disposto numa tabela
criada no Word ou no Excel. Na primeira linha, a partir da segunda coluna
informa-se os nomes dos autores das fontes consultadas, seguidos dos anos de
publicação. Na primeira coluna, a partir da segunda linha relacionam-se as palavras-chave
(títulos das ideias que consideramos relevantes no texto). Nas demais colunas e
linhas, as citações, associadas às palavras-chave.
Além da tabela é importante identificar o assunto sobre
o qual trata o quadro comparativo e também as referências das fontes. Se
estivermos, por exemplo, elaborando um quadro comparativo sobre planejamento, poderíamos
obter a seguinte configuração:
A vantagem de elaborar quadros comparativos é que por
meio deles podemos comparar ideias de
diversos autores. Ao comparar ideias, inclusive com as nossas, promovemos uma
espécie de diálogo e ampliamos o nosso conhecimento.
As ideias relevantes, identificadas pelas
palavras-chave, poderão ser analisadas e dispostas numa sequência lógica, possibilitando
a sistematização de um roteiro de escrita. Tendo o roteiro de escrita e as
ideias, escrever o texto torna-se uma atividade menos complicada.
Essa é uma proposta para auxiliar a produção textual.
Resta testar. Aguardo notícias.
Notas
(1) Para
Bento (2012) “A revisão da literatura é uma parte vital do processo de
investigação. Aquela envolve localizar, analisar, sintetizar e interpretar a
investigação prévia (revistas cientificas, livros, actas de congressos,
resumos, etc.) relacionada com a sua área de estudo; é, então, uma análise
bibliográfica pormenorizada, referente aos trabalhos já publicados sobre o
tema. A revisão da literatura é indispensável não somente para definir bem o
problema, mas também para obter uma ideia precisa sobre o estado actual dos conhecimentos
sobre um dado tema, as suas lacunas e a contribuição da investigação para o
desenvolvimento do conhecimento.”
(2) De
acordo com Marconi e Lakatos (1995), fichamento é uma forma de
investigar que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo o material
necessário à compreensão de um texto ou tema. É uma parte importante na
organização da pesquisa, permitindo um fácil acesso aos dados fundamentais para
a conclusão do trabalho.
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Referências
MARCONI, M.A; LACKATOS, E.M. Metodologia do trabalho científico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
BENTO, António V. Como fazer uma revisão de literatura: considerações teóricas e
práticas. Disponível em: .
Acesso em: 10 Out. 2015.
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