Em
8 de março celebraremos novamente o Dia Internacional da Mulher. A origem desta
data comemorativa encontra-se associada aos movimentos feministas que buscavam
mais dignidade para as mulheres numa sociedade que ainda no século XVIII
impunha às mulheres péssimas condições de trabalho, restrição aos espaços
públicos e à cultura, exploração sexual, preconceito de gênero, dentre outras
questões que feriam a cidadania das mulheres.
8 de março de 1857, na perspectiva capitalista, é uma data de referência para a comemoração do dia das mulheres, pois neste dia 129 tecelâs novaiorquinas da fábrica de tecidos Cotton foram trancadas e queimadas vivas no próprio ambiente de trabalho por iniciativa da polícia da época e dos donos da empresa, por reivindicarem melhores condições de trabalho, o direito de redução da jornada de trabalho diária de 16 horas para 12 horas, equiparação de seus salários aos dos homens e digno tratamento no ambiente de trabalho.
Durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada na Dinamarca (1910), a feminista Clara Zetkin sugeriu que, em recordação às operárias de Nova Iorque – Estados Unidos da América, o 8 de março foi considerado Dia internacional da Mulher.
Em 1975, a Organização das Nações Unidasdeclarou a década de 1975 a 1985 como a década da mulher, reconhecendo o 8 de março como o seu dia. Em 1977, a Unesco considerou oficialmente este dia como o Dia da Mulher, em homenagem às 129 operárias queimadas vivas.
Em vários países a data vai além do caráter comemorativo. Além de homenagens às mulheres fazem-se conferências, seminários com o intuito de refletir sobre o papel da mulher na sociedade contemporânea, tendo em vista a superação do preconceito e das diferenças de gênero.
Pesquisadoras como Dolores Farias (UFC) e Naumi Vasconcelos (UFRJ), de acordo com Gionotti (2004), põem em questão a origem do oito de março, levantando a possibilidade do evento de 1857 nunca ter existido, baseando-se na obra de Renée Côté (1984): “O Dia Internacional da Mulher – Os verdadeiros fatos e datas das misteriosas origens do 8 de março, até hoje confusas, maquiadas e esquecidas”. A esse respeito, informa Gionotti (2004) que:
As controvérsias estão postas. Salve
a historiografia! Às mulheres socialistas devemos a real origem do dia
internacional das mulheres.
Referência
GIANNOTTI, Vito. O Dia da Mulher nasceu das mulheres socialistas. Disponível em: <http://www.piratininga.org.br/publicacoes/mulher-miolo.pdf>. Acesso em: 05 Mar. 2012.
Frases para o Dia da Mulher
A história da mulher é a história da pior tirania que o mundo conheceu: a tirania do mais fraco sobre o mais forte. (Oscar Wilde).
Não se nasce mulher: torna-se. (Simone de Beauvoir).
A mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova. (Léon Tolstoi).
8 de março de 1857, na perspectiva capitalista, é uma data de referência para a comemoração do dia das mulheres, pois neste dia 129 tecelâs novaiorquinas da fábrica de tecidos Cotton foram trancadas e queimadas vivas no próprio ambiente de trabalho por iniciativa da polícia da época e dos donos da empresa, por reivindicarem melhores condições de trabalho, o direito de redução da jornada de trabalho diária de 16 horas para 12 horas, equiparação de seus salários aos dos homens e digno tratamento no ambiente de trabalho.
Durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada na Dinamarca (1910), a feminista Clara Zetkin sugeriu que, em recordação às operárias de Nova Iorque – Estados Unidos da América, o 8 de março foi considerado Dia internacional da Mulher.
Em 1975, a Organização das Nações Unidasdeclarou a década de 1975 a 1985 como a década da mulher, reconhecendo o 8 de março como o seu dia. Em 1977, a Unesco considerou oficialmente este dia como o Dia da Mulher, em homenagem às 129 operárias queimadas vivas.
Em vários países a data vai além do caráter comemorativo. Além de homenagens às mulheres fazem-se conferências, seminários com o intuito de refletir sobre o papel da mulher na sociedade contemporânea, tendo em vista a superação do preconceito e das diferenças de gênero.
Pesquisadoras como Dolores Farias (UFC) e Naumi Vasconcelos (UFRJ), de acordo com Gionotti (2004), põem em questão a origem do oito de março, levantando a possibilidade do evento de 1857 nunca ter existido, baseando-se na obra de Renée Côté (1984): “O Dia Internacional da Mulher – Os verdadeiros fatos e datas das misteriosas origens do 8 de março, até hoje confusas, maquiadas e esquecidas”. A esse respeito, informa Gionotti (2004) que:
A
canadense Renée Côté pesquisou, durante dez anos, em todos os arquivos da
Europa, EUA e Canadá e não encontrou nenhuma traça da greve de 1857. Nem nos
jornais da grande imprensa da época, nem em qualquer outra fonte de memórias
das lutas operárias.
Ela afirma e reafirma que essa greve
nunca existiu. É um mito criado por causa da confusão com as greves de 1910; de
1911, nos EUA; e 1917, na Rússia.
Essa confusão se deu por motivos
históricos políticos, ideológicos e psicológicos que ficarão claros no fim do
artigo.
Pouco a pouco, o mito dessa greve das
129 operárias queimadas vivas se firmou e apagou da memória histórica das
mulheres e dos homens outras datas reais de greves e congressos socialistas que
determinaram o Dia das Mulheres, sua data de comemoração e seu caráter
político.
Já em 1970, o mito das mulheres
queimadas vivas estava firmado. Rapidamente foi feita a síntese de uma greve
que nunca existiu, a de 1857, com as outras duas, de costureiras, que ocorreram
em 1910 e 1911, em Nova Iorque.
Nesse ano de 1970, com centenas de
milhares de mulheres americanas participando de enormes manifestações contra a
guerra do Vietnã e com um forte movimento feminista, em Baltimore, EUA, é
publicado o boletim Mulheres-Jornal da Libertação. Neste já se
reafirmava e se consolidava a versão do mito de 1857.
Mas, na França, essa confusão não foi
aceita tranqüilamente por todas e todos. O jornal nº 0, de 8 de março de 1977, História
d´Elas, publicado em Paris, alerta para esta mistura de datas e diz que, em
longas pesquisas, nada se encontrou sobre a famosa greve de Nova Iorque, em
1857. Mas o alerta não teve eco.
Referência
GIANNOTTI, Vito. O Dia da Mulher nasceu das mulheres socialistas. Disponível em: <http://www.piratininga.org.br/publicacoes/mulher-miolo.pdf>. Acesso em: 05 Mar. 2012.
Frases para o Dia da Mulher
A história da mulher é a história da pior tirania que o mundo conheceu: a tirania do mais fraco sobre o mais forte. (Oscar Wilde).
Não se nasce mulher: torna-se. (Simone de Beauvoir).
A mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova. (Léon Tolstoi).
O verdadeiro homem quer duas coisas:
perigo e jogo. Por isso quer a mulher: o jogo mais perigoso. (Friedrich
Nietzsche)
Cuida-te quando fazes chorar, uma
mulher, pois Deus conta as suas lágrimas... A mulher foi feita da costela do
homem e não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior... E sim
do lado para ser igual, debaixo do braço para ser protegida e do lado do
coração para ser amada! (Provérbio judaico)
Existem três coisas que os homens
podem fazer com as mulheres: amá-las, sofrer por elas, ou torná-las literatura.
(Stephen Stills)
A sabedoria das mulheres não é raciocinar, é sentir. (Immanuel Kant)
Quem não sabe aceitar as pequenas
falhas das mulheres não aproveitará suas grandes virtudes. (Khalil Gibran)
Acredito que o talento especial da
mulher é elétrico em movimento, intuitivo em função e espiritual em tendência.
(Margaret Fuller)
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