sábado, 11 de fevereiro de 2017

Plano de ação pedagógica: O que é?


A inserção no campo de observação é um momento em que podemos conhecer o real espaço de atuação do educador. Como afirmamos anteriormente, é oportunidade sem igual para que o estudante perceba como funciona a relação teoria e prática, conheça a realidade escolar e seus principais desafios. Mas para tornar essa vivência um momento de rico de formação o estudante precisa sistematizar, sob a orientação do professor da disciplina Pesquisa e prática pedagógica, seu plano de ação pedagógica. Ele é o primeiro subsídio a ser elaborado pelo estudante antes de entrar em campo. No que resultará um trabalho de campo sem o devido planejamento? Sem ter clareza quanto aos objetivos? Sem saber o que irá realizar e quando?

O plano de estágio é um instrumento que permite a transparência sobre as funções, responsabilidades atribuídas durante o trabalho de campo. Nele, o estudante informa tudo o que realizará durante sua presença no campo. Procuremos, portanto, conhecer os componentes desse plano: identificação, justificativa, objetivos, caracterização da atividade de campo, fundamentação teórica, metodologia e atividades previstas, cronograma estratégias de avaliação e referências.

A identificação reunirá informações tais como: nome do estudante, número de matrícula, nome do curso, nome do professor orientador, nome do supervisor na unidade onde a atividade de campo será realizada, carga horária da atividade de campo, data de início e término da atividade.

Na justificativa se apresentam as razões para a realização da atividade de campo, refletindo sobre o significado dessa vivência para a formação acadêmica e profissional.

Os objetivos estão diretamente relacionados às atividades dispostas na caracterização da atividade de campo. Neles o estudante define suas metas ao realizar a atividade de campo.

A caracterização da atividade de campo compreende a relação das competências a serem desenvolvidas pelo estudante durante a atividade de campo, tais como: análise do contexto da instituição escolhida; apanhado de dados do cotidiano escolar como questões disciplinares, relação aluno-professor, metodologia de ensino, processos de avaliação, arquitetura escolar, dentre outros; observação do dia a dia da gestão, dando suporte a atividades específicas; levantamento de problemas enfrentados pela escola, especialmente que interferem no processo de aprendizagem; elaboração de plano de intervenção.

Na fundamentação teórica o estudante mencionará os conceitos e respectivos autores que servirão como referência durante a realização da atividade de campo. Os referenciais permitem uma leitura mais crítica da realidade. No diálogo com eles podemos adquirir a habilidade de perceber as nuances dos problemas que forem identificados no ambiente educacional, realizar leitura crítica e vislumbrar possíveis meios de superação.

A metodologia é delineada pelo estudante como meio para alcançar os objetivos propostos. Nesse sentido, visando a coleta de dados, o estudante poderá realizar entrevistas com integrantes do ambiente escolar, realizar visitas programadas às dependências do ambiente escolar, realizar atividade de observação do ambiente físico, das ações de gestão, docentes e eventos educacionais, analisar o projeto político pedagógico, regimento da escola e planos de ensino e de aula, dentre outros.

No cronograma o estudante relaciona as atividades a serem desenvolvidas, atrelando-as ao tempo em que serão realizadas.

Em estratégias de avaliação o estudante descreverá como se dará a avaliação de sua atividade de campo. Alguns itens podem ser considerados, tais como: frequência, realização satisfatória das atividades previstas; entrega do relatório final da atividade de campo.

O último item do plano de ação é a referência, que compreende o conjunto de informações das fontes que serão utilizadas como fundamentação teórica para a vivência.

O plano de ação será desenvolvido pelo estudante com a aprovação do professor orientador. Durante a atividade de campo, o estudante manterá diálogo permanente com o professor orientador, discutindo aspectos do plano, pontos positivos e dificuldades que por ventura surgirem. Na instituição onde estiver atuando (seja ela pública, privada ou ligada ao terceiro setor), o estudante deverá ter o acompanhamento de um responsável local, também chamado de supervisor de campo.

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